Resumo - ORIGENS DE ROMA
Inicialmente, a península Itálica foi ocupada por dois povos autóctones, isto é, originários da própria região:
ü Os lígures, que habitavam ao norte;
ü Os sículos, que habitavam ao sul;
Por volta do II milênio a.C, os árias, que habitavam a região da Ásia Central, começaram a migrar para a Europa, sendo que, alguns estabeleceram-se na península Itálica. Aí ficaram conhecidos como italiotas e estavam divididos em sete tribos:
ü úmbrios;
ü sabinos;
ü équos;
ü samnitas;
ü volscos;
ü oscos;
ü latinos
No começo, os etruscos estavam organizados em doze cidades, unidas por laços estritamente religiosos, o que é chamado Dodecápolis, sendo cada uma delas governada por um monarca, chamado lúcumo, que distribuía justiça, agia como sumo-sacerdote e era o comandante e chefe do exército. Elas possuíam independência administrativa e militar, causando, por vezes, conflitos entre elas. Para tentar solucionar esses conflitos, foi criada uma aliança religiosa denominada Liga dos Doze Povos tendo como principais características: os representantes reuniam-se anualmente no santuário da divindade Voltumana; a assembleia era acompanhada de cerimônias de sacrifícios de animais, de competições atléticas e de uma grande feira de produtos artesanais.
A Etrúria era composta por cerca de uma dúzia de cidades-estados entre elas: Populônia, Vetulônia, Vulci e Tarquínia sendo que as características geográficas da região favoreceram o desenvolvimento das atividades marítimas, garantindo o domínio sobre o mar Tirreno através de suas frotas.
A organização social dos etruscos:
ü aristocracia – grandes proprietários de terras, ricos artesões e comerciantes;
ü clientes – grupos social que vivia de favores das famílias aristocráticas e que, em geral, era formado por parentes pobres, prestadores de serviços ou, simplesmente, aduladores ou libertos isto é, escravos que conquistavam a liberdade por mérito pessoal e ascendiam socialmente;
ü estrangeiros - geralmente gregos, que eram artesãos e mercadores;
ü escravos.
A economia etrusca estava baseada em três atividades:
Barco estrusco |
Barco etrusco
|
ü O artesanato que era vendido em toda península Itálica ou trocado com mercadores gregos e cartagineses, que negociavam o cobre, o ouro e a prata de povos da península Ibérica e o estanho proveniente da Britânia;
ü A exploração de jazidas minerais.
A religião
O deus principal dos etruscos era o Voltumna, mas eles adoravam também Tínia, Uni e Menrva, que mais tarde seriam associados à tríade de deuses romanos: Júpter, Juni e Minerva. Acreditavam que a vontade dos deuses manifestava-se através de sinais, daí as práticas de adivinhação ser tão importantes.
Havia três tipos de adivinhação:
ü o aruspício, estudo do futuro por meio das vísceras dos animais sacrificados aos deuses;
ü o augúrio, interpretação das mensagens dos deuses pelo voo e canto dos pássaros; e
ü a astrologia, observação dos astros celestes.
A magia também era praticada pelos etruscos, que acreditavam que ela podia defender as pessoas das influências negativas como mau-olhado e a inveja.
A arte, a arquitetura e outras formas de expressão
As pinturas murais realizadas nas paredes dos túmulos retratavam o modo de vida da população e foi uma das principais formas de manifestação, tendo sido possível, graças a essas obras, reconstruir vários aspectos da sociedade etrusca.
As cores preferidas na pintura pelos etruscos foram o vermelho, o verde e o azul.
Portal de Volterra
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O material utilizado na construção dos templos era a pedra, enquanto para as moradias utilizava-se o adobe, com estrutura de madeira e revestimento de argila cozido.
Influenciados pelos gregos e fenícios aperfeiçoaram trabalhos no bronze, ouro, pedra e cerâmica, aonde criaram joias com acabamento precioso, como broches, braceletes e brincos.
A escrita
A escrita
A escrita ainda é um grande enigma para os pesquisadores desta civilização, pois ainda não foi decifrada.
A lenda de Rômulo e Remo
A origem da cidade de Roma é cercada de
mistérios e lendas. A mais famosa é a história dos gêmeos Romulo. Segundo a
lenda os gêmeos são filhos de Réa Sílvia com o deus Marte, a mãe dos meninos se
viu obrigada a deixar os meninos recém-nascidos em um cesto às margens do rio
Tibre para que não fossem mortos por seu tio Amúlio. Os meninos eram frutos de
um romance proibido entre o deus marte e a sacerdotisa Réa Sílvia que era filha
do rei deposto Numitor, mas como ela era sacerdotisa vestal deveria se manter
virgem.
Por
uma intervenção do pai, o deus Marte, o cesto que carregava os gêmeos encalhou
em uma região entre os montes Palatinos e Capitolino, região conhecida como
Cermalus. Lá os gêmeos são encontrados por uma loba enviada por Marte e são
alimentados e cuidados pelo animal, e, próximo a eles estava sempre uma ave
pica-pau que era considerada sagrada pelos romanos e pelo deus Marte.
Tempos
depois, os meninos são encontrados por um pastor de nome Faustulo que os leva
para sua casa para serem criados por ele e sua mulher Aca Laurência. Dai a duas
versões para a história. Uma conta que durante um dos saques que os gêmeos
faziam Remo é sequestrado e levado para Alba Longa (cidade natal dos gêmeos)
então seu pai adotivo conta para Rômulo à verdadeira origem deles. Então,
Rômulo vai até a cidade liberta seu irmão, mata Amúlio e devolve o trono ao seu
avo Numitor, sendo honrado por este último.
No
entanto, os gêmeos não acharam futuro na cidade os irmãos partem junto a todos
os indesejáveis da cidade para fundar uma nova cidade onde foram encontrados.
Dai houve discórdia entre os irmãos, Rômulo queria fundar a cidade em Palatino
e chamá-la Roma, já Remo queria que fosse em Aventino e chama-la Remora. Coube
aos auspícios resolver o impasse, mas sua decisão não pôs fim ao impasse e
criou uma discussão entre os irmãos culminando como a morte de Remo, no
entanto, corrente do mesma fonte diz que Remo escalou o recém-construído
pomerium quadrangular o que provocou a ira de seu irmão Rômulo levando-o a
cometer o fratricídio.
Remo é
sepultado na região do Aventino, e, em sua homenagem no dia 9 de maio é
festejada a Remuria. Rômulo reinou por cerca de 38 anos sob Roma vindo a
falecer em 11 de julho de 716 a.C durante uma tempestade provocada pelo Deus
Marte, na qual o imperador é tragado ao céu transformando-se no deus romano
Quirino. (deus romano que representava o Estado romano), outra corrente defende
que Rômulo fora assassinado a mando de um senador.
Outra
corrente narra que, na verdade, os gêmeos receberam uma porção de terra (local
onde a loba os encontrou) para fundarem uma nova cidade. Romulo desenhou um
grande circulo sob o monte Palatino, sulcando o solo com um arado. A terra
revolvida simbolizava a muralha e o sulco representava a nova cidade a ser
fundada: Roma. Remo zombou do irmão e pisoteou o desenho, irado Rômulo se lança
sobre o irmão e o mata, dizendo: “Assim morrerá quem, de futuro, transpuser as
minhas muralhas.”
Fontes
BONIFAZI, Elio. DELLAMONICA, Umberto. Descobrindo a História: Idade Antiga e Medieval. 1.ed. São Paulo: Ática, 2002. p. 118-121.
SANTOS, Georgina dos.et ali História: das sociedades sem Estados as monarquias absolutas. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2010.p. 73.
SANTOS, Georgina dos.et ali História: das sociedades sem Estados as monarquias absolutas. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2010.p. 73.
Rômulo e Remo. Disponível
em:<http://www.pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%B4mulo_e_Remo> Acesso em 6 jan. 2013.
Etruscos. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Etruscos.
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